terça-feira, 29 de março de 2011

Flanelinha não é agente de Transito

 
Motoristas orientados por flanelinhas são multados no centro de Belém

Por Anderson Carlos

Agentes da CTBEL (Companhia de Trânsito de Belém) multaram e guincharam carros que estavam estacionados em cima da Praça Visconde do Rio Branco, no centro da capital do Estado do Pará, no dia 24 de março de 2011.
A Praça, que é conhecida como Praça das Mercês, já virou um tipo de estacionamento á todos os  motoristas que necessitam estacionarem na localidade. Eles são, geralmente, orientados pelos flanelinhas que utilizam a praça como um estacionamento privado. A motorista Mônica Brito, que sempre está no centro da cidade, diz que é comum os flanelinhas pedirem para condutores de veículos subirem na calçada da praça para estacionarem. Segundo ela, os motoristas deixam as chaves dos carros com os próprios flanelinhas que manobram os veículos conforme a necessidade da saída ou entrada de outros.
Para o agente da CTBEL, Brone, diariamente é realizado operações na área e sempre é encontrado veículos estacionados no mesmo local. Ele relatou que o órgão não pode fazer nada em relação aos flanelinhas que estão fazendo da praça um estacionamento particular e que cabe aos motoristas o papel de observar o lugar permitido ou não para estacionar: “Nós não nos dirigimos nem aos passageiros dos veículos, falamos apenas com os motoristas, que, por terem passado pelo processo exigido para adquirirem suas habilitações, espera-se que são conhecedores das regras de transito e, portanto, conhece os locais proibidos para estacionar”.
A operação resultou na multa e guinchamento de veículos estacionados no calçamento da praça que já tem seu piso, composto da junção de pedrinhas, todo danificado devido ao trafego constante de caminhonetes, motos e carros pequenos. O local a muito tempo deixou de ser um ponto turístico agradável à visitação. Ela foi tomada por ambulantes, que além de modificar a paisagem com as barracas, fazem dos muros que a cercam de banheiro público, deixando o cheiro insuportável a quem desejaria parar para uma foto frente aos monumentos do local.
Os flanelinhas da localidade já usufruem de uma “estrutura” composta de guarda-sol, mesas e cadeiras, como uma espécie de guarita para receberem os veículos, guardarem mantimentos e as chaves dos veículos estacionados. Um dos motoristas tentou questionar com o flanelinha que o tinha orientado a estacionar na praça, mas foi totalmente ignorado pelo mesmo o qual, após a reclamação, desapareceu do local deixando alguns motoristas à procura das chaves dos veículos.  
A quantidade de flanelinhas nas ruas de Belém do Pará vem aumentando visivelmente e, segundo a minha concepção, vem fazendo florescer um sentimento de rejeição e medo. A necessidade de sempre estacionar e ter que pagar um valor aparentemente insignificante, mas que no final do dia, dependendo da quantidade de locais visitados, se tornará uma quantia razoável, faz você pensar duas vezes em estacionar em um local onde se encontra uma pessoa de camisa amarelada segurando um pedaço de pano na mão.
Além do sentimento de insegurança e medo, imposto pelo receio de ter o carro danificado por um desses “informais” caso você não o “oferte”, outro problema é a demarcação e reservas de espaços públicos pelos flanelinhas, que com cones ou cavaletes, estão controlando as área de estacionar e direcionando apenas para determinados motoristas que pagam por esse serviço. Esse acordo entre flanelinhas e alguns motoristas leva a um tipo de “privatização” do espaço público e de uso coletivo, transformando-os em um negocio lucrativo nas mãos desses oportunistas.
Uma atitude tem que ser tomada rapidamente por parte das autoridades, pois como os motoristas que foram multados na Praça Visconde do Rio Branco (Praça dos Mercês), todos nós, condutores de veículos, estamos reféns do órgão responsável pelo transito e dos flanelinhas. “Se correr o bicho pegas, se ficar o bicho come”. Quem anda pelo centro da cidade de Belém em meios de semanas, sabe que para se achar local, que seja permitido,  para estacionar, tem que gastar muito combustível rodando os quarteirões.

terça-feira, 22 de março de 2011

Cratera na BR 010 provoca congestionamento

Uma fila de mais de três quilômetros, com carros, motos, ônibus e caminhões, se formou na BR 010, no dia 20 de Março, devido a uma cratera aberta na pista próximo a cidade de Aurora do Pará.
O período de chuvas em todo o território brasileiro é muito complicado e no Estado do Pará, mesmo que os relatos não demonstram, até hoje, uma catástrofe devido às chuvas, sempre há situações desagradáveis para a população que vive às margens de Rios, como é o caso dos moradores em Marabá (sudeste do Estado) e habitantes próximos a canais ou a áreas muito baixas dentro das grandes e médias cidades, como é o caso da própria capital do estado, Belém do Pará.
No ultimo final de semana quem sofreu com os resultados causados pela chuva ou pela má qualidade do trabalho feito nas vias federais, foram os motoristas e passageiros que trafegaram pela BR 010 no período das 14:00 às 17:10 horas do domingo (20/03), no trecho entre as cidades de Mãe do Rio e Aurora, ambas no estado do Pará.
O problema começou por volta das 14:00 horas quando o asfalto cedeu abrindo um buraco que interditou as duas faixas da pista, deixando espaço apenas para veículos pequenos trafegarem. O local do incidente fica a 300 metros da cidade de Aurora do Pará e passa um rio por baixa da BR em manilhas o que impossibilitou o desvio de carros por um possivel e provisório acostamento.
Segundo alguns motoristas, a policia rodoviária federal chegou ao local 30 minutos após o asfalto ceder e logo interditou a via, pois alguns veículos pequenos insistiam em passar pelo local, como relata o motorista Alexandre, um dos primeiros a parar no local: “Quando eu cheguei aqui os carros pequenos estavam todos passando e ai eu falei pro guarda interditar tudo, porque se não nós ia ficar aqui a noite toda, porque pra caminhoneiro ninguém dá importância. O direito tem que ser igual, se nós vamos ficar aqui, porque que os carros pequenos tem que passar deixando pior ainda a pista?”
            A polícia rodoviária federal relatou que apesar da grande quantidade de carros, tudo estava tranqüilo e logo a pista estaria liberada, pois o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrurura e Transporte, já estava trabalhando para a liberação. Segundo funcionários do DNIT, que conforme os motoristas chegou ao local após 3 horas, o motivo que provocou a abertura do buraco só será descoberto após uma análise mais detalhada do local, que será feita em outro dia. Para eles a prioridade naquele momento era de aterrar o buraco para fluir o transito. O responsável pela equipe, que não quis dar detalhes, disse que, provavelmente, o transtorno foi causado pela quebra de manilhas em baixo da pista.
            Com o aterro provisório da pista, às 17:10 horas e administração da PRF, foi liberado o trafego em um dos lados da rodovia para alívio de todos os caminhoneiros os quais já estavam preocupados com as cargas dos caminhões e tristeza de alguns mototaxistas que já estavam faturando com a indicação de locais alternativos para passagem dos motoristas de carros de passeios.
Para motoristas, como eu, que sempre está passando nesse trecho, fica a torcida para que incidentes como este não aconteça com freqüência e que os responsáveis pela via estejam mais atentos aos pontos críticos da BR 010.
            Acredito que há como identificar os locais que tendem a se transformar em um problema maior. Conversando com os motoristas no local, percebi os desgostos e preocupação com alguns trechos da BR. Para eles é muito desgastante e caro dirigir por vias onde há buracos, falta de sinalização e acostamento.
É preciso antecipar ao problema para que acidentes graves não venham acontecer. Imagina essa cratera aberta a noite e um veículo sem perceber caia nela.
Governos preservem nossas vidas, pois é para isso que pagamos vocês